Câncer de Próstata

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  • 17 de Novembro é o dia Internacional de Combate ao câncer e para o homem a principal doença a ser lembrada é o câncer de próstata. O medo de realizar o toque e o preconceito são os maiores inimigos da detecção precoce e tratamento curativo deste problema. A maioria dos homens é encorajada por suas mulheres e filhos a consultar com o urologista e muitas vezes este conselho não é seguido. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda o início da avaliação prostática aos 45 anos e aos 40, quando existem casos na família. O câncer de próstata é o tumor maligno não-cutâneo mais comum no homem e sua incidência aumenta com a idade. É a segunda causa de morte por câncer masculino. Homens com idade entre 60 a 70 anos a incidência é de 24%, ou seja, a cada 100 homens há 24 com câncer de próstata nesta faixa etária. Esta incidência atinge 50% dos homens aos 80 anos.

 

  • O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou que em 2012 ocorreram 60.180 casos novos da doençano Brasil, o que corresponde à incidência de 62 casos novos a cada 100 mil habitantes.

 

  • O câncer ocorre porque as células carregam nos seus genes, “soldados do bem” (genes supressores) e “soldados do mal” (proto-oncogenes). Os “soldados do bem” vigiam os “soldados do mal” e os destroem quando tentam escapar e se proliferar. Com o decorrer do tempo e a influência de diversos fatores, os genes têm baixas de “soldados do bem” e assim os “soldados do mal” podem se proliferar e criar uma legião que é o câncer. O câncer de próstata é 60% mais frequente em negros (prevalência de 9.6% em em negros contra 5.6% em brancos) e também é mais prevalente quando há casos na família, principalmente quando se trata de parentes de primeiro grau. A obesidade é fator de risco quando circunferência abdominal maior que 102 cm. O risco de um homem ser diagnosticado com câncer de próstata durante a vida é de 16,2%.

 

  • O câncer de próstata não produz sintomas nas fases iniciais, mas com o aumento do tumor há uma dificuldade maior parar urinar que pode chegar à retenção urinária (parada total da micção). Nas fases mais tardias há dores ósseas, perda de peso e anemia. O diagnóstico do câncer de próstata é feito com o toque retal e o exame de sangue (PSA). A suspeita de câncer ocorre quando a glândula (próstata) está endurecida e irregular.

 

  • Como já comentado, o medo de realizar o toque é maior que o preconceito cultural por parte do homem. Este exame deve ser feito sempre e ainda não foi substituído por nenhum outro, nem mesmo pelo ultra-som, como muitos acreditam. A ressonância magnética pode ser útil em alguns casos. A realização do toque retal é indispensável para aumentar a possibilidade de diagnóstico de câncer precoce, já que 20% dos homens com Câncer de Próstata possuem níveis de PSA normal e o diagnóstico nesses casos somente é suspeitado pelo toque retal.

 

  • O exame de sangue é o PSA (Antígeno Prostático Específico). O valor normal do PSA é até 3 ng/ml. Infecção urinária e aumento benigno da próstata também podem elevar o PSA.

 

  • Outro dado importante é a relação entre o PSA livre no sangue com o PSA total, ligado à proteína. Quando se divide um pelo o outro (PSA livre/PSA total), resultados menores que 0,18 podem sugerir uma maior probabilidade de câncer. Quando o PSA está aumentando e/ou o toque é suspeito, indica-se a Biópsia de próstata, que é a retirada de fragmentos da próstata por ultra-som transretal.

 

  • Este exame é feito com sedação e o paciente não sente dor. Para definir o tratamento o urologista deve analisar a perspectiva de vida do doente e a extensão da doença. Quando um indivíduo tem uma perspectiva de vida maior que 10 anos os tratamentos são mais agressivos e mais eficientes.

 

  • Quando se identifica câncer de próstata é preciso saber se atingiu órgãos ao redor ou distantes ( metáteses). O urologia pede exames laboratoriais e de imagem. Quando a doença está localizada na próstata pode ser feita a cirurgia (prostatectomia radical), a radioterapia conformacional e a braquiterapia.

 

  • Em casos de doença muito inicial e de baixa agressividade, pode-se até mesmo optar pelo acompanhamento periódico. Nestes casos o paciente é acompanhado pelo urologia e, desde que não haja sinais de que a doença esteja progredindo, não existe a necessidade de fazer tratamento.

 

  • Quando a doença se estende ao redor da próstata indica-se radioterapia e quando atinge os gânglios ou outros órgãos, como ossos, tenta-se anular a testosterona, principal fator de crescimento do tumor, com a retirada dos testículos (orquiectomia) ou pela administração de hormônios que suprimem a testosterona.

 

  • Na maioria dos casos o Câncer de Próstata localizado é tratado com alguma forma de tratamento que oferece levadas chances de cura. A Incontinência urinária e a piora da função sexual são complicações possíveis após o tratamento cirúrgico. EM muitos pacientes, o problema é transitório, melhorando espontaneamente com o tempo. Em outros, pode requerer tratamento específico, que deve ser individualizado e de acordo com a gravidade do problema.

 

  • A melhor forma de detecção precoce é consultar regularmente o urologista, que fará o toque retal e solicitará o PSA. Estes exames devem ser feitos uma vez ao ano. Ainda não existe uma maneira de evitar este tipo de câncer. Sabe-se, no entanto, que uma vida sem alcoolismo e tabagismo, com atividade física regular e alimentação saudável podem prevenir inúmeros tipos de câncer e quem sabe, em alguns anos, a ciência poderá descobrir o que impedirá realmente o aparecimento do câncer de próstata.

 

  • A prevenção de câncer de próstata foi tentada sem sucesso com licopeno, selênio, vitamina E. Medicamentos como a finasterida e dutasterida parecem conferir certa proteção, mas seu uso prolongado se associa a efeitos colaterais. Dieta saudável, exercícios físicos, combate à obesidade e sedentarismo podem diminuir o risco da doença.

 

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DE TRATAMENTOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA

  Tratamento do Câncer de Próstata

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Saúde da Mulher

Rosane R. C. Thiel

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

Score total menor que 26 sugere disfunções sexuais. A versão em português mostrou-se válida para avaliação da resposta sexual em mulheres brasileiras e está indicado para uso em pesquisas clínicas.

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

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