- O sintoma mais comum do câncer de testículo é massa testicular dolorosa. Entre os pacientes com a doença, 5 a 25% dos casos são confundidos com infecção no epidídimo.
- A ginecomastia (aumento das mamas) pode aparecer como consequência da produção de estradiol pelo tumor. Tosse, massa abdominal, dor nas costas e linfonodo (íngua) na região supraclavicular são sintomas de doença avançada. A maior incidência do câncer de testículo ocorre em brancos, entre 20 e 40 anos de idade, com outro pico após os 60 anos. Outro fator frequentemente associado ao câncer de testículo é a criptorquidia (ausência do testículo no escroto).
- Estudos recentes revelaram que o risco de câncer, em pessoas com este problema, é de 3 a 14 vezes maior do que a população geral. A fixação do testículo no escroto não reduz esse risco, mas permite melhor avaliação e acompanhamento desse órgão. Trauma e atrofia também podem estar relacionados com o problema. O uso de esteróides anabolizantes pode causar disfunção testicular e está associada a um risco de câncer de 2 a 5%. Inicialmente o câncer de testículo se dissemina nas estruturas adjacentes (camadas que envolvem o testículo) e depois se espalha pela corrente linfática, normalmente do mesmo lado afetado.
- Um tipo mais agressivo é o coriocarcinoma que se espalha pelo sangue e pode atingir os pulmões, o fígado e os ossos. A maioria dos pacientes com este problema e que não procura tratamento, morre cerca de 3 anos após o diagnóstico. A falta de informação atrasa o diagnóstico entre 4 e 6 meses. O diagnóstico é feito com ultra-som, mas o auto-exame é fundamental para localizar “caroços” no testículo. O testículo acometido deve ser removido e enviado para exame que identifica o tipo de câncer.
- Para completar a avaliação é necessário RX de tórax e Tomografia de abdomen. Também são solicitados exames de sangue para avaliação dos marcadores tumorais, ou seja, substâncias que estão aumentadas nos tumores. O tratamento indicado baseia-se no tipo de tumor. Existem casos que necessitam de radioterapia e outros nos quais há necessidade de retirar linfonodos do lado acometido, seguido ou não de quimioterapia.
- O importante é que quando descoberto no início, a chance de cura pode chegar a 90%. Por isso, ao contrário do que muitos pensam, a partir dos 20 anos, para prevenção do câncer de testículo, é necessário visitar o urologista uma vez ao ano e não só aos 45 para avaliação da próstata