Dieta preventiva de cálculo urinário

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  • CÁLCIO:

A grande maioria dos cálculos renais é constituída de cálcio e oxalato. Entretanto a sua restrição dietética não é aconselhável, na grande maioria dos casos, ao contrário do que se praticava até recentemente. A baixa ingestão de cálcio causa também maiores riscos de osteoporose. Portanto, a ingestão de cálcio deve ser normal. Consuma o leite desnatado: iogurte light, natural, coalhada, queijo branco magro com pouco sal, ricota ou leite desnatado em pó.

 

  • SAL (sódio):

Uma restrição de sódio na dieta, através da redução de sal de cozinha e/ou de alimentos ricos em sal, deve ser prescrita. O máximo que podemos é 4g ao dia. Prefira temperos e ervas naturais: orégano, salsinha, cebolinha, limão, coentro, salsão. Evite: azeitonas, bacalhau, salgadinhos, queijos amarelos, temperos e molhos prontos (catchup, mostarda, shoyu, caldos concentrados, molho inglês, sopas de pacote, cubos de caldos de carne), produtos com glutamato monossódico, embutidos ( salsicha, mortadela, linguiça, presunto, salame, paio, carne seca). Evite Conservas (picles, azeitona, aspargo, palmito, milho, patês, algas, chucrutes, maionese pronta). Evite enlatados (extrato de tomate, milho, ervilha, seleta de legumes). Evite carnes Salgadas (charque, camarão seco, defumados). Evite algadinhos para aperitivos (batata frita, amendoim salgado, castanhas, chips). Evite bolachas salgadas, recheadas, margarina ou manteiga com sal, requeijão normal ou light). Procure ler o rótulo porque muitos alimentos industrializados possuem sódio ou glutamato monossódico.

 

  • FRUTAS: 

Consuma pelo menos 3 a 4 ao dia. Dê preferência à laranja, tangerina e melão.

 

  • OXALATO: 

O oxalato parece ser mais importante do que o cálcio para a formação de cálculos. O oxalato proveniente da dieta contribui com apenas 10 a 20% da excreção do oxalato urinário. Para que possa ocorrer hiperoxalúria decorrente da dieta, seria necessária, na grande maioria das vezes, uma ingestão exagerada de alimentos muito ricos em oxalato, o que é raro na nossa população.Outro aspecto importante do metabolismo do oxalato é a sua excreção aumentada na presença de altas doses de vitamina C. Nos dias de hoje, onde parece haver uma tendência ao uso exagerado de megadoses de vitamina C deve-se chamar a atenção para este fenômeno, uma vez que 40% do oxalato urinário se origina do ascorbato dietético.

 

  • PROTEÍNAS:

A ingestão de grande quantidade de proteína animal também contribui para a formação de cálculos (mais que 88g/ dia). Consuma uma porção de carne ou substitutos (peixe, frango sem pele ou ovo), no alomoço e jantar, evitando excessos, Prefira as carnes magras. Evite churrascos, pois contém muita gordura e excesso de sal. Não utilize suplementos de vitaminas ou minerais, sobretudo a vitamina C sem a prescrição do médico, pois podem propiciar a formação de cálculos.

 

  • PURINAS: 

A incidência de hiperuricosúria (ácido úrico na urina) em pacientes com cálculo é elevada. Esta incidência chega a 32%. Pacientes hiperuricosúricos apresentam uma ingestão maior de carnes, peixes e aves. Interessante notar que este efeito hiperexcretor só ocorre quando a ingestão de alimentos ricos em purinas é elevada, superior a 175mg/dia.

 

  • FIBRAS VEGETAIS:

Alguns trabalhos têm mostrado a direta correlação entre prevalência aumentada de cálculo renal e baixa ingestão de fibras. Prefira os alimento integrais: arroz e macarrão integra, biscoitos e pão integral light ( sem adição de açucar e gordura). Prepare is alimentos sempre grelhados, assdos ou cozidos. Evite frituras e empanadasd, pois são muito calóricos.

 

  • GORDURAS: 

Indivíduos que ingerem grande quantidade de gorduras são em geral consumidores de grandes teores de proteínas. Simultaneamente,consomem também pequenas quantidades de fibras. No entanto, parece haver um mecanismo direto entre a absorção de oxalato e de cálcio e a presença de gorduras.

 

  • BEBIDAS: 

A ingestão aumentada de líquidos parece ter uma correlação inversa com o risco de formação de cálculos renais, no entanto o assunto é ainda controverso. Bebidas carbonadas aumentam o risco de formação de cálculos (refrigerantes) e cuidado com sucos em pó artificiais. Bebidas com cola possuem alto teor de oxalato (também controverso). Beber 150 ml de suco de limão, com 2000 mL de água, pode diminuir a formação de cálculo, porque o limão contém citrato, um importante inibidor da cristalização. Tomar chás de ervas ( camomila, erva-doce. cidreira e hortelã) ao natural. Procure não adoçar o suco ou o chá. Evite café, bebidas achocolatadas e chocolates, chá preto, mate ou verde, espinafre, nozes, mariscos e frutas do mar.javascript:void(0);

 

  • OBESIDADE:

É fator de risco para formação de cálculo. Mantenha IMC abaixo de 30. Pratique exercícios físicos.

CONCLUSÃO

De uma maneira geral, pacientes com cálculo deverão ingerir uma menor quantidade de proteínas (menos de 1 g por kg de peso dia), gorduras (não mais do que 25% do teor calórico total da dieta) e sódio (menos do que 4 g/dia). O uso de fibras dietéticas deve ser estimulado (20 g por dia) e o consumo de cálcio deverá ser o normalmente recomendado para indivíduos sadios (entre 800 a 1200 mg). A ingestão de um maior volume de líquidos deve ser estimulada (cerca de 250ml a cada 4 horas, fora do período de sono).

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Saúde da Mulher

Rosane R. C. Thiel

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

Score total menor que 26 sugere disfunções sexuais. A versão em português mostrou-se válida para avaliação da resposta sexual em mulheres brasileiras e está indicado para uso em pesquisas clínicas.

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

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