- A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Esta condição gera profundo incômodo, porque há perda da auto-estima e o convívio social se torna um transtorno. Na mulher a incontinência urinária pode ocorrer durante esforços como tossir, espirrar ou caminhar. É a incontinência urinária de esforço, decorrente de enfraquecimento dos ligamentos e músculos do períneo, ou ainda por partos e cirurgias vaginais anteriores.
- Outra causa é a contração involuntária do músculo da bexiga resultante de doenças neurológicas, mas a maior parte não tem causa definida. É a chamada bexiga hiperativa. Neste caso, um componente psicossomático pode estar envolvido, como a ansiedade ou depressão.
- No entanto, não há nenhuma comprovação desta associação, apenas uma hipótese que é fundamentada no provérbio chinês: “A bexiga é o espelho da alma”. No homem geralmente ocorre por problemas prostáticos ou após cirurgias da próstata. Após a consulta e o exame físico são solicitados exame de urina para descartar infecção e avaliação urodinâmica. Este é o principal exame para o diagnóstico. É muito importante para a conduta que pode ser clínica (remédio) ou cirúrgica. No caso da mulher com Incontinência Urinária de Esforço o melhor tratamento é a cirurgia, que consiste em colocar faixa de material sintético abaixo da uretra (sling), para restaurar o ligamento enfraquecido que funciona como suspensório ao redor da uretra.
- A cirurgia permite retorno às atividades laborais rapidamente. O tratamento também pode ser feito com fisioterapia. No homem o melhor tratamento é o esfíncter artificial, nos casos de incontinência de esforço. A bexiga hiperativa é tratada com medicação via oral ou por remédios colocados no interior da bexiga, como a toxina botulínica. Considerar que a incontinência faça parte do envelhecimento natural é um erro e uma agressão à qualidade de vida, que é um bem inato ao ser humano.