Varicocele

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O que é?

A varicocele é uma dilatação anormal das veias do cordão espermático e do plexo pampiniforme (Veias do “saco”). A varicocele é a causa tratável mais comum de infertilidade masculina. Cerca de 12% dos homens da população geral apresentam varicocele e 25% dos casos são inférteis.

Porque ocorre?

É mais comum no lado esquerdo, porque a veia espermática esquerda é mais longa que a direita e entre em ângulo reto na veia renal, criando uma grande coluna hidrostática. Por isso há dilatação do plexo pampiniforme, quando há uma deficiência do mecanismo valvular.

Quais são os sintomas?

A maioria dos casos é assintomática. Pode haver sensação de peso, dor e aumento do volume do “saco”. Também são observadas veias aumentadas no “saco”, como se fossem minhocas.

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pelo exame físico minuncioso, com o paciente deitado ou em pé. A varicocele pode ser pequena (Grau I), média (grau II) e grande (Grau III). O espermograma sempre deve ser feito e ao ulta-som confirma o diagnóstico clínico.

Como se trata?

A indicação de cirurgia no adulto é quando existe infertilidade com alterações do espermograma. O tratamento cirúrgico baseia-se na secção das veias dilatadas.

 

Perguntas de interesse médico:

1. Qual é “O” item diagnóstico “padrão ouro” para o diagnóstico: dilatação, quantos vasos, refluxo ao Doppler, ingurgitação à palpação, alteração do espermograma, redução de volume do testículo, esterilidade…?

Varicocele não tem uma definição suficientemente objetiva para se estabelecer um “padrão ouro” de diagnóstico. É um dado freqüente e que pode estar associado ou não a uma dilatação do plexo pampiniforme muitas vezes secundaria à refluxo pela veia testicular, predominantemente à esquerda.Como padrão predominante, o “refluxo” é o mais representativo para varicocele.

2. Qual é o significado dos outros achados associados (dilatação, quantos vasos, refluxo ao Doppler, ingurgitação à palpação, alteração do espermograma, redução de volume do testículo, esterilidade…)?

Todos os demais critérios são relevantes de forma secundária e/ou associada. Existe uma expectativa de que a avaliação por US seja superior à palpação.

3. Quais são os valores normais para todos os itens descritos?

• Calibre das veias: menor que 3 mm;
• Refluxo < 1 segundo;
• Velocidade no refluxo < 2 cm/seg;
• Volume testicular menor 15-23 cm³ (dado pouco relevante)
• Diferença de volume testicular (D#E) menor que 2 cm³ ou 10 – 15%.
Obs: Em pacientes adolescentes deve-se valorizar as alterações menores pois estes pacientes tratamento pode ter maior poder de reversão.

4. O exame ou parte dele deve ser realizado em pé ou deitado, por quê? – argumentos físicos.

O exame em geral é realizado primeiro deitado e, caso não apresente alteração, deve ser revisto em pé.
Existe evidência de que a posição ortostática possa aumentar a taxa de detecção, principalmente das alterações à direita.
Como não há justificativa aceitável para a não realização do exame em pé, o paciente deve assim ser examinado quando o exame parecer inicialmente normal.

5 – Quais as causas mais comuns de varicocele?

• Válvulas deficientes;
• Tumores retroperitoneais;
• Tromboses venosas.

6 – Quais são os critérios cirúrgicos?

Os critérios cirúrgicos são basicamente a presença das associações clínicas, especialmente desconforto e esterilidade. Em jovens os critérios são mais liberais devido à maior chance de reversão das seqüelas e do futuro reprodutivo.

7 – Devo valorizar os casos subnormais, bilaterais e assintomáticos ou devo alertar para a possibilidade?

Todas as informações geradas são significantes.

8 – A avaliação inguinal é fundamental mesmo sem uma requisição de US?

Há relatos de casos de hérnias inguinais com casos de varicocele, mas não há consenso na necessidade desta avaliação.
(Nota exclusiva do relator – se o profissional estiver habilitado, especialmente nos casos de varicocele à direita, recomenda-se a avaliação inguinal).

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Saúde da Mulher

Rosane R. C. Thiel

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

Score total menor que 26 sugere disfunções sexuais. A versão em português mostrou-se válida para avaliação da resposta sexual em mulheres brasileiras e está indicado para uso em pesquisas clínicas.

Rosane R. C. Thiel ([email protected]) é psicóloga e terapeuta sexual, com Especialização em Sexualidade Humana pela USP.

Realizou Mestrado e Doutorado na área na Pesquisa Experimental pela UNICAMP e desde então tem trabalhado com o índice da Função Sexual Feminina ou FSFI.

O índice da Função Sexual Feminina avalia 6 domínios da resposta sexual na mulher: desejo, excitação subjetiva e objetiva (lubrificação), orgasmo, satisfação e dor.

Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (score simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o score ponderado. A pontuação final (score total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos scores ponderados de cada domínio. Assim, quanto maior o score total, melhor a resposta sexual.

Score total menor que 26 sugere disfunções sexuais. A versão em português mostrou-se válida para avaliação da resposta sexual em mulheres brasileiras e está indicado para uso em pesquisas clínicas.

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